domingo, 30 de maio de 2010

Impossível não se encantar por Cauã Reymond. Com um sorriso arrasaquarteirão, o ator me recebeu no último dia 20, quando comemorava seus 30 anos, para um bate-papo justamente sobre suas três décadas de vida. O que me permitiu dar-lhe os parabéns pessoalmente. Que privilégio! Só não foi maior porque Grazi Massafera, sua mulher, foi a primeira a parabenizá-lo. "Ganhei um grande beijo dela", disse ele, com ar apaixonado. Durante a conversa, o intérprete do Danilo de "Passione" falou sobre família, trabalho, mudanças internas e externas, velhice e realizações. Confira! 

1 O que significa fazer 30 anos? 
É uma troca de casca. Humor flutuando e muitas coisas mudando, mas parece que elas começaram a fazer mais sentido. Estou confortável com minha pele nova. O curioso é que estou fazendo 30 anos, mas ninguém tem me dado papel de trintão. É bom, mas tomara que eu não fique com cara de garoto até os 50, fazendo o tiozinho garotão que joga futevôlei 
(risos).


2 Chegou a ter alguma crise pré 30? 
A única coisa que muda bastante é que começo a sentir dores que não sentia. Se faço uma corrida, demoro mais para me recuperar. Comecei a fazer RPG e estou sentindo uma mudança de postura. Tenho hiperlordose e o tratamento tem me ajudado bastante. Parei de sentir dor na lombar, comecei a me sentar com uma postura melhor. As coisas vão mudando no corpo, se organizando. 

3 Os interesses mudaram com a idade? 
Com 30 anos, se tem mais discernimento do que se quer. Graças a Deus, meus dois últimos anos foram muito bons, no profissional e no pessoal. Chego mais seguro aos 30. Quando se tem 20, você ainda quer se provar. Tem coisas que, aos 30, você já sabe que dá conta.


4 Quando tinha 15 anos, imaginava como estaria com 30? 
Não. Engraçado, porque quando você chega aos 20 acha que os 30 nunca vão chegar. Fui me tocar disso quando fiz 29. Pensei: "Pô, ano que vem vou fazer 30". Mas está tudo bem.


5 Quando se olha no espelho, gosta do que vê? O que mais lhe agrada? 
Gosto, estou mais tranquilo comigo. E me agrada o fato de eu ainda ter cabelo. Tem uma galera que chega aos 30 e não tem mais. Claro que tenho medo de ficar careca! Outro dia, uma pessoa que cortou meu cabelo disse que não corro o risco. Fiquei tão feliz! Aos 20, não pensava nisso, mas aos 30 eu já penso.


6 Quais são seu maior defeito e sua maior qualidade? 
Meu mau humor de manhã. Odeio acordar cedo! Mas defeito mesmo é ser cabeçadura. Quando acho que alguma coisa vai dar certo, vou até o fim, até quebrar a cara. A qualidade é ser determinado. Isso ajuda muito, mas pode atrapalhar. Quando se é determinado, acaba-se sendo um pouco cabeça-dura. Acho que meu maior defeito é minha maior qualidade.


7 É vaidoso? 
Com minha saúde. Não gosto de dormir menos de oito horas porque fico mal-humorado. E sou preocupado com o que como. Gosto de estar bem vestido quando vou a algum lugar, faz parte também da minha profissão. Mas, no dia a dia, não ligo para isso. Prefiro meu cabelo curto, porque pego onda e o mar o detona. Não tenho paciência de cuidar dele. A verdade é que se você cuida da saúde não precisa de outros artifícios para estar bem.

8 Creminho antirrugas nem pensar, né? 
Não! Estou querendo envelhecer para fazer outros personagens, se usar isso estou ferrado (risos)! Uso muito protetor solar, tenho vários. Fui me tornando um profissional no assunto. Hidratante, só uso quando a pele está esquisita. Aí, pego um da Grazi.


9 Do que você se orgulha de ter feito nessas três décadas? 
De não ter feito certas coisas, como usar drogas. E de ter ficado longe da noite, de pessoas que podiam me desvirtuar. Tem uma frase assim: "O homem é muito mais as escolhas que deixa de fazer do que as que faz". Eu me identifico com isso, porque teve muita coisa que podia ter feito e não fiz. E era muito fácil ter ido, só que essa é uma escolha burra. Vi vários colegas, infelizmente, escolhendo outro caminho. Não vou dizer que era melhor ou pior, só não era o que eu queria.

 

Cauã Reymond. Foto: Gustavo Azeredo10 Esse discernimento você deve à criação que teve? 
Fui um garoto que mudou muito de casa, fui para muitos lugares. Se eu disser que tive aquela infância perfeita, papai, mamãe, é mentira. Acho que devo meu discernimento à perspicácia de prestar atenção em tudo, ao desejo de mudar, de construir algo mais estável, e aos amigos, os quais nunca mudei. Além da análise, que me ajudou muito. Comecei a fazer terapia aos 14anos. Parei três anos para modelar, foi quando viajei para fora do país. Mas quando retornei ao Brasil voltei a fazer terapia. Há três semanas, mudei de analista.

11 Por que análise aos 14 anos? 
Minha infância foi conturbada. Morei com minha mãe, depois com meu pai, voltei a morar com minha mãe, depois com meu pai de novo, saí da casa dele com 17 anos. A análise ajuda você a descobrir quem você é, a colocar as coisas em seus lugares. Às vezes, precisamos conversar com alguém, desabafar, perguntar uma opinião.


12 Qual foi a pessoa que mais influenciou na sua vida? 
Meu avô. Meu pai morava longe e a figura paterna em muitos momentos foi preenchida pelo meu avô. E ele, como eu, saiu de casa cedo, também aos 17 anos. Gostava de viajar para um sítio que ele tinha em Araras.


13 Para quem daria o primeiro pedaço de bolo? 
Para o meus avós. O segundo pedaço dividiria entre meu pai, minha mãe e Grazi.

14 Quem são seus ídolos? 
Rickson Grace é meu ídolo. Eu o adoro, acho que pelo fato de eu ter sido lutador (ele já fez jiu-jítsu). Ele tem uma forma de encarar a luta com ética, e eu o sinto como um samurai. No surfe, gosto do Kelly Slater. Como ator, gosto de Marlon Brando, Sean Penn, Selton Mello, Wagner Moura, Murilo Benício. Mas o ídolo para mim é em relação a um assunto, não o tomo como um cara onipresente e onipotente. E não quer dizer que concorde com tudo o que acontece na vida da pessoa, porque ninguém é perfeito. Isso é claro para mim.


15 Você começou na TV em "Malhação", há oito anos, na pele do Maumau. Nesta época, o que esperava da vida? 
Muito menos do que acho que conquistei. Minha expectativa era menor, não achava que estaria trabalhando com tanta gente boa, fazendo cinema, que é um sonho, entrando na terceira novela das oito. Quando vejo aonde cheguei, o saldo é muito positivo.


16 Nessa época, já queria fazer cinema? 
Sim. Minha primeira oportunidade foi o "Odiquê". O cinema foi um lugar onde me senti livre, porque estava travado em "Malhação". Não entendia onde estava a câmera, tinha que andar nas marcas... E o "Odiquê" foi filmado de uma forma naturalista, e era um pouco como tinha aprendido a atuar quando estava estudando. Tanto que considero meu rendimento no filme muito superior ao que vinha fazendo em "Malhação".


17Já pensou em desistir da carreira? 
Nunca. Se bem que, há quatro anos, quando passei um mês de férias sozinho no Havaí, pensei seriamente em não voltar. Mas, nos últimos dez dias da viagem, comecei a sentir uma saudade do trabalho...

18 Já se deslumbrou com a fama? 
Sim, nos primeiros 4 meses de carreira... E era bom pra burro aquele deslumbramento (risos)! Tive momentos ruins, mas tive momentos bons de deslumbre. Faz parte. Se você pula etapas da vida, não amadurece.


19 Você está para lançar o filme "Estamos juntos", de Toni Venturi, em que dá um beijo gay. Se sente mais maduro para fazer um personagem assim? 
Já, mas faço uma participação. Além de me sentir mais maduro, queria arriscar. Sou impetuoso. Não tive problema nenhum com o beijo. Sou resolvido sexualmente, o argentino Nazareno Casero, que beijei, também. A gente só ria, nos divertimos fazendo, foi bom... Não o beijo, mas o filme, tá? (risos). Beijar homem é meio estranho, não vou mentir. Tem barba, não é legal...

 

Cauã Reymond. Foto: Gustavo Azeredo20 Gostaria de seguir carreira internacional? 
Já recebi convites, mas não me achei maduro o suficiente, tanto artistica quanto pessoalmente para ir. E ainda acho que não estou. Pode ser que o bonde passe, mas por enquanto o meu bonde é esse aqui, "Passione".


21 Você é o sonho de consumo de muitas mulheres. O que sente ao chegar aos 30 com esta constatação? 
Eu questiono isso, mas vamos lá (risos)... Fico lisonjeado. Ficava mais, no início da carreira, porque agora sei que a pessoa tem uma visão minha por causa do trabalho. De repente, se ela me conhecer, nem vai gostar muito. Na verdade, fico lisonjeado mesmo quando alguém me conhece. Mas, neste momento, não tem ninguém para me conhecer, porque conheci a Grazi, estou com ela e vou ficar.


22 Como é o Cauã dentro de casa? 
Não gosto de fazer nada, sou preguiçoso! Ajudo Grazi, mas quando não estou trabalhando tenho vontade de não fazer muita coisa. Gosto de andar com os cachorros e brincar com os gatinhos, não vou mentir. Mas não curto bagunça. No fim de semana, faço minha cama, não deixo meu quarto uma zona.

23 O que ainda falta para você realizar? 
Muita coisa. Há personagens que quero viver, diretores e autores com quem quero trabalhar, estou com vontade de fazer alguma coisa de época de novo, ter as férias que não tirei... E, no pessoal, ter filho. Sem aquele papo "Quando é que vocês vão ter filho? Vão casar? Já estão casados?". Filho é uma realização.


24 Já imaginou que tipo de pai será? 
Não sei, mas que eu vou ser, vou. Quando você começa a pensar nessa coisa de ser pai, fica pensando que gostaria que seu filho se orgulhasse de você. Acho que estou batalhando isso antes de ter o filho.


25 Família é muito importante para você, não é? 
Muito. Acho que as família hoje em dia estão tendo tantos problemas por falta de união. Nesse processo de querer ser muito bom no que faz, você fica, de certa forma, solitário. E isso é perigoso.

26 Você é feliz? 
Sou mais feliz do que era.


27 Se ganhasse na Mega-Sena, qual a primeira coisa que faria? 
Iria investir meu dinheiro, tentar também fazer alguma coisa social. Mas iria pensar bem, porque vejo muita ONG e, às vezes, tenho a sensação de que não chega a lugar nenhum. Muita gente faz trabalho sério, mas tenho a impressão de que muita gente também abre ONG para ganhar dinheiro.

28 Tem medo de envelhecer? 
Ah, um pouquinho. Mas, provavelmente, quando você conversar comigo mais para frente, um pouco mais velho, eu vou falar que está tudo bem. Porque aos 15 anos eu tinha medo de chegar (uma rápida pausa)... Não, se bem que queria ter 30 anos aos 15. Pensava que 30 era uma idade boa, não está lá nem cá, está no meio (risos).

29 Como se imagina daqui a 30 anos? 
Mais realizado, mais pacífico, mas sem perder a vivacidade. A idade tem que chegar, não pode chamá-la. Tem gente que conheço, com 50 anos, que está muito melhor do que qualquer garoto. E tem muita mulher aí que está melhor que muita menina. Aliás, há meninas de 13 anos que, poxa, se cuidam tão mal...


30 Um Cauã de 30 ou dois de 15? 
O de 30! Aos 15, era um menininho. Na época, você começa a se achar homem, ficar valente. É bom ser menos valente. Não me troco. É bom envelhecer no quesito sabedoria, ganhar experiência, ficar menos angustiado.

Fonte: Extra

segunda-feira, 10 de maio de 2010


Esse ensaio, meio que em preto e branco ficou um arraso. 

O Cauã inspirando uma luta, ou sem camisa mostrando o abdomêm sarado e tudo que a mulherada quer. 

Ou será que alguem reclamaria dessa foto sem camisa pulando corda??

Qual foi a foto mais linda??

domingo, 9 de maio de 2010


Prestes a estrear como Danilo em "Passione", Cauã Reymond contou ao blog que finalmente está chegando ao peso dos ciclistas. Desde dezembro, ele vem pedalando intensamente para interpretar um praticante do esporte e, com 1,82m de altura, só agora atingiu os 75 quilos. O ator, que também fez sessões de fisioterapia e musculação para o personagem, perdeu três quilos ao todo.

–  Meu peso é flutuante. Se eu gravo mais numa semana, já perco um pouquinho – conta Cauã, que precisa se manter sequinho para Danilo.

A preparação começou em dezembro, mas se intensificou mesmo em janeiro. Cauã pedalava num dia e malhava no outro.

– Eu tentei ficar com a rotina parecida com a do meu personagem – diz. – Agora tenho malhado menos, por causa das gravações. Mas nem tenho conseguido pegar onda.

Tanto esforço já surtiu resultado: além dos quilos perdidos, Cauã tem conseguido pedalar bastante para quem não é profissional. Em recente gravação em São Paulo, ele andou 40 quilômetros.

–  Estou ansioso para fazer um bom trabalho – diz o ator, que faz mistério sobre Danilo. – Não posso falar muito para não estragar o segredo.

terça-feira, 4 de maio de 2010


Leotty Junior/.AgNews

Foto do Cauã no Aeroporto, com estilo casual

sábado, 1 de maio de 2010


Cauã Reymond participou do lançamento de uma loja no Rio da Janeiro, na última sexta-feira 30. O ator chegou rodeado pelos seguranças, porém os homens de preto não conseguiram lidar com o assédio das fãs que o esperavam no shopping da Barra da Tijuca.

E parece que o ator gostou! Cauã, que está escalado para a próxima novela das oito, Passione, abriu o sorriso e colocou os braços para cima, como se tivesse sido rendido. E claro, as menininhas foram ao delírio com o galã!